terça-feira, 31 de agosto de 2010

Meu Maracanã

Começaram as obras para a copa de 2014... Obras estas, que nunca contaram com meu apoio, desde a obra em que resolveram colocar cadeiras no estádio todo.
Ah, o meu Maracanã... O meu Maracanã é aquele que a galera se acomodava no "cimentão" nas arquibancadas, não haviam cadeiras ou subdivisões. Subdivisões estas, meramente capitalistas, para se cobrar a mais por um trecho da arquibancada, para se mostrar que fulano é melhor que ciclano por estar em um trecho mais caro. O primeiro símbolo que mostra o comércio que virou o futebol.
O meu Maracanã... Que saudade das mais de 100 mil pessoas que nós víamos em uma final de campeonato. Pensando no conforto dos torcedores, resolveram colocar as cadeiras. Conforto desnecessário... Não precisamos de conforto no Maracanã, conforto eu tenho em casa, vendo o jogo pela tv... No Maracanã, precisamos de calor humano, nos sentimos bem estando mal-acomodados
Saudade dos Geraldinos... A criatividade sem fim... Torcedores folclóricos, que, por um ingresso que custava menos que um refrigerante, esbanjavam toda sua criatividade, divertindo a todos com sua alegria.
Saudade da "ginástica do senta e levanta", levantando em cada lance de perigo do jogo. E quando um ficava em pé mais tempo, sempre surgiam os gritos de "Seeentaaa", "quer ver em pé, vai pra geral"...
Saudade do cachorro-quente sem marca vendido nas arquibancadas...
Saudade do suspense para saber um resultado de outro jogo, aguardando o locutor falar aos microfones "a Suderj informa"...
Saudade de uma época em que o Maracanã era o templo sagrado do futebol, e não o Paraíso Fiscal dos Cartolas...
Como diria o poeta, eu era feliz e não sabia...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Líder...

Com o campeonato caminhando para a sua metade, podemos ver o Fluminense mais líder do que nunca, com 4 pontos de vantagem para o segundo colocado. Curiosamente, é a torcida do Corinthians, segundo colocado, que tem o hábito de cantar "não pára, não pára, não pára"... Mas essa música se encaixa perfeitamente no atual momento tricolor... Que fase, que espetáculo... Estamos nos especializando em não parar nunca... Desde o dia que comecei a acompanhar futebol, em meados de 93, jamais vi um time tão guerreiro quanto este Fluminense. Lutando contra tudo e contra todos, vamos matando um leão por rodada, vencendo e convencendo a cada jogo que passa. Vibrando como garotos e jogando como homens. Unidos dentro e fora de campo. Todos focados e obcecados por um só objetivo: Vencer a guerra. E nada tira o foco destes guerreiros e de nosso treinador. Seleção Brasileira? Aqui é trabalho, meu filho! Nosso técnico, além de competente e vitorioso, também tem caráter e palavra. Atitude de homem. Atitude que sobraneste grupo. Grupo este, que se alimenta de gols e vitórias. Possuímos uma relação de predatismo com os adversários. Nossa fome se faz presente quando entramos em campo, e, a partir daí, somos leões perseguindo a zebra desesperadamente, e não paramos enquanto não nos alimentamos de mais uma vitória. Uma perseguição desenfreada, onde a presa corre com o máximo de velocidade que suas pernas lhe permitem utilizar... Mas o predador é mais rápido. Com passadas lrgas, raiva nos olhos e coração guerreiro, o predador se aproxima da presa e lhe crava os dentes no pescoço: é gol do Fluminense...